Teoria da Azeitona

Teoria da Azeitona

Odeio azeitonas. E não entendo como alguém em sã consciência pode gostar. É difícil pra eu aceitar o fato de que meus pais gostam de azeitona. Mas eles são meus pais, não posso rejeitá-los só por causa disso.

Acho que, após os trinta anos de idade, o paladar do ser humano sofre um processo de metamorfose e passa a gostar de azeitonas. Não me recordo no momento de ninguém com menos de trine anos que goste. Deve ter, mas são raras exceções.

No Orkut, a comunidade “Eu odeio azeitonas!” tem mais de 75 mil membros que compartilham deste meu sentimento e que sofrem para catar as azeitonas da pizza.

A propósito, será que os pizzaiolos ainda não perceberam que a maioria das pessoas não gosta? Porque eles insistem em colocá-las, então? Para enfeitar? Pior são os chefs que ainda têm o trabalho de picar a azeitona para complicar ainda mais a vida dos consumidores. Porque elas precisam ser eliminadas. A azeitona é capaz de estragar totalmente o gosto de uma comida. Tanto que é muito comum ver uma embalagem de pizza delivery apenas com as azeitonas excluídas, depositadas numa lixeira. E nas pizzarias a cena se repete: a pizza acaba e sobram os pratos com as azeitonas renegadas.

Sempre fico desconfiado de que as pizzarias fazem reaproveitamento das azeitonas. Já que ninguém come mesmo, eles pegam as excluídas e colocam em outra pizza. Por isso, sempre que vou a uma pizzaria, além de remover a azeitona, faço questão de desconfigurá-la totalmente para impossibilitar o reaproveitamento. Gostaria, inclusive, de convocar a todos para aderirem a esta causa!

Mas as azeitonas na pizza não me incomodam tanto. Porque pelos menos elas estão à vista. Você sabe onde está o inimigo e tem como eliminá-lo facilmente. O que me incomoda são as azeitonas que ficam dentro da comida. Aquelas que pegam você de surpresa quando dá uma mordidinha na empada ou um belo gole no caldinho de feijão.

Deveria ser criada uma lei que obrigasse ter um aviso na embalagem dos produtos:
Contém glutem. E azeitonas!

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